O Governo português aumentou a linha de financiamento para Angola de 1,5 mil milhões de euros para 2 mil milhões de euros. O anúncio foi feito em Luanda, na cerimónia de assinatura de dois protocolos entre os Ministérios das Finanças de Portugal e de Angola, sobre a prevenção e o combate ao branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo, e o contrato de financiamento da primeira fase do projeto de construção das infraestruturas da vila da Muxima.

O Ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou a importância de trabalhar «para termos melhores instrumentos ao dispor das empresas portuguesas, para poderem melhor servir a economia angolana».

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(foto: Ampe Rogério / Lusa)

Fernando Medina sublinhou a forma como Angola tem sabido cuidar da sua credibilidade financeira, o que «é muito apreciado e reconhecido em Portugal», e também a «forma muito clara como o Governo angolano definiu as suas prioridades, do ponto de vista do que há a fazer no capital humano, nas infraestruturas, na diversificação da base económica». 

«Faremos com empenho, mas sobretudo com grande gosto das empresas portuguesas e mais ainda do Estado português aquilo que pudermos fazer, que estiver ao nosso alcance para que, o mais rapidamente possível, se possam concretizar os investimentos e os projetos que servirão o povo angolano», disse ainda o Ministro das Finanças de Portugal.

A Ministra das Finanças de Angola, Vera Daves de Sousa, agradeceu o «alargamento da linha de financiamento de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros, uma notícia que, certamente, não apenas Angola e os angolanos agradecem, mas também todas as empresas portuguesas que estão motivadas e têm todo o interesse em fazer parte desse processo de construção de uma nova Angola».

Vera Daves de Sousa referiu que esta visita, tal como a que fez em dezembro passado a Portugal, «foi marcada por um profundo sentimento de camaradagem e de diálogo aberto e franco, de muito pragmatismo». 

«Estou totalmente confiante que isso se vai transmitir naquilo que são os resultados práticos da recuperação financeira e económica dos dois países», frisou.

A Ministra disse ainda que a assistência técnica é igualmente importante para Angola, destacando que o protocolo de cooperação assinado vai permitir «tirar partido da experiência da República portuguesa em diferentes domínios no campo das finanças públicas e também no campo do combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo».

O Ministro das Finanças foi também recebido pelo Presidente da República de Angola, João Lourenço.

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